Anonimização: Quem está preparado?

De acordo com especialista, mesmo com a LGPD e sanções valendo, ainda existe uma confusão no entendimento do conceito e empresas precisam desmistificar o uso desse recurso para uma estratégia mais abrangente de proteção de dados. Tema está em destaque em painel de debate nesta quinta-feira (2) às 10h

Compartilhar:

Um levantamento realizado no primeiro semestre deste ano pela Fundação Dom Cabral com 207 empresas brasileiras constatou que 82% dos respondentes enxergam a adequação à LGPD como uma das prioridades para 2021. Por outro lado, 40% não estão preparadas para a aplicação das penalidades, que estão valendo há um mês.

De fato, o processo de adequação regulatória traz ainda muitos desafios para as organizações. Um deles é a anonimização, um tema mais complexo ligado à proteção de dados e que será o destaque do painel de debates promovido pela TVD, com live nesta quinta-feira (01) às 10h. De acordo com Cristina Sleiman, Sócia da PeckSleiman EDU e membro da Associação Nacional de Profissionais de Privacidade e de Dados, existe ainda uma confusão no conceito.

“O tema anonimização é sempre um assunto complexo, a começar pelo entendimento. Anonimização é a utilização de recursos técnicos que retiram a capacidade de identificação de um determinado dado, ou seja, ele não possibilita a identificação. Pseudoanonimização é quando revertemos esse processo”, explica Cristina.

A pseudoanonimização é um mecanismo de disfarce da identidade, em que os dados pessoais são tratados de forma a não poderem mais ser atribuídos ao respectivo titular sem recorrer a outras informações correlacionadas. Na prática, nem todos os projetos de negócio e tratamentos de informações sensíveis permitem a anonimização, por isso muitas empresas escolhem o caminho da pseudoanonimização ou outro controle que permita proteger melhor o dado.

 

Entre esses controles, a criptografia é uma das técnicas usadas. “Ela é um controle de segurança e só vai permitir acesso a quem a chave”, acrescenta Cristina. Segundo ela, as empresas podem evitar o pagamento de multas fazendo a lição de casa da anonimização. “É importante saber onde começar, verificar quais dados podem ser anonimizados e para quais finalidades. Tudo vai depender da estratégia de uso de cada organização”, completa.

 

O painel de debates contará com a presença de Daniel Beltran Motta, DPO na Eletrobras, Moises Brandalise, Especialista em Segurança da Informação no Agibank, Paulo Condutta, CISO na Banco Ourinvest, e Abilio Branco, Country Sales Manager e DPO na Thales. O evento terá a mediação da jornalista e diretora editorial da Security Report e TVD, Graça Sermoud. As inscrições estão abertas e são gratuitas.

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Destaques

Eletrobras adota estratégia de SI centrada no comportamento do usuário

Durante o Security Leaders Rio de Janeiro, empresa detalha case de sucesso, apresentado em parceria com a Proofpoint, e reforça...
Security Report | Destaques

Operação da Polícia Civil desarticula organização cibercriminosa

Operação Krypteia cumpre mais de 20 mandados de prisão em estados do Sul e Sudeste contra grupo envolvido em estelionato,...
Security Report | Destaques

Cibercriminosos exploram ferramentas corporativas para invadir empresas brasileiras

Campanha identificada pela Cisco Talos usa software legítimos de monitoramento remoto, usados por executivos corporativos, e abusa de períodos gratuitos...
Security Report | Destaques

Ataques de ransomware aumentam 15% na América Latina

Relatório da CrowdStrike aponta que região deixou de ser alvo secundário e agora é terreno estratégico para cibercriminosos e espionagem...