84% dos Líderes de SI relatam o estresse como ameaça à proteção de dados e sistemas

Além disso, o mesmo percentual afirma ouvir de suas organizações que o esgotamento é parte natural dos profissionais de Segurança da Informação. Os dados são do estudo “Síndrome De Burnout No Mercado De Cibersegurança Do Brasil”, organizado pela SEK, que ouviu 165 CISOs em todo o país e foi divulgada em um encontro com Líderes, organizado em parceria com o Security Leaders

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84% dos Líderes brasileiros de Segurança da Informação concordam que os altos níveis de estresse no trabalho impactam diretamente na tarefa de manter dados e sistemas protegidos. De acordo com o estudo “Síndrome De Burnout No Mercado De Cibersegurança Do Brasil”, organizado pela SEK e que ouviu 165 líderes de SI em todo o Brasil, o mesmo percentual relata ouvir de suas empresas que o esgotamento é parte natural do trabalho.

 

A pesquisa também mostra que 70% sentem que as empresas não adotam abordagens proativas para evitar que o burnout se torne um risco para as pessoas e para a continuidade do negócio. Além disso 47% admitem que ao menos um erro da equipe foi cometido em decorrência do estresse excessivo, resultando em uma violação de Segurança.

 

“É curioso pensar na relação dessas duas estatísticas, pois mostra uma percepção nítida dos riscos que times de Segurança tensos e ansiosos podem gerar para a estratégia de Cyber da companhia. De fato, percebe-se um impacto final na nossa missão de mitigar ameaças e como a percepção do esgotamento no trabalho pode se tornar uma nova vulnerabilidade humana”, comentou Fernando Galdino, Portfolio & Strategy Director da SEK, durante encontro com CISOs organizado em parceria com o Security Leaders.

 

Sem o suporte considerado adequado para vencer esses desafios, muitos profissionais se veem na necessidade de mudar drasticamente a sua vida profissional, incluindo deixar a companhia que atua (24%), ou mesmo mudar completamente de carreira ou departamento (45%). O grande problema dessas opções , segundo o debate dos CISOs, é que elas contribuem diretamente para a piora no gap de talentos em Segurança, formando um círculo vicioso na área.

 

“Em pesquisas similares no mercado norte-americano, basicamente a mesma taxa de profissionais também considera a possibilidade de deixar a companhia, mas há menos profissionais pensando em mudar de carreira. Por isso, percebe-se a impressão de que o mesmo problema é recorrente em todas as organizações, formando um desafio realmente sistêmico”. Acrescenta Galdino.

 

Distribuição de cargas de trabalho e cultura do autocuidado

Diante dessa percepção da comunidade de profissionais de SI no país, o encontro fechado também abriu espaço para discussões entre os líderes presentes, visando formular novas possibilidades para enfrentar o desafio. Nesse sentido, se reconhece que as corporações precisam se engajar em novas propostas de gestão de saúde dos funcionários, tanto de Cyber Security quanto de outros departamentos.

 

Segundo os entrevistados do estudo, 47% acreditam que uma medida crucial a ser implementada é investir no aumento da equipe de Cibersegurança, permitindo maior distribuição da carga de trabalho entre profissionais novos e veteranos. Mas além disso, é importante que os próprios profissionais desenvolvam uma cultura própria de autocuidado, mitigando também os riscos à própria saúde.

 

“Esses são dois pontos relevantes para retomar uma estrutura sustentável de formação de novos profissionais que se sintam bem atuando nesse setor. Nos EUA, a demanda é maior por Conscientização e treinamento, pois eles estão mais municiados no fator de pessoas. Portanto, no nosso caso, precisamos movimentar um trabalho num conjunto desses dois fatores”, encerrou Galdino.

 

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