8 mentiras mais utilizadas por golpistas em canais de relacionamentos

Empresa alerta sobre as “desculpas” mais comuns entre golpistas em apps, sites de paquera e redes sociais. Saiba como identificar e se proteger

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As fraudes românticas são uma prática constante tanto em canais para encontros quanto nas redes sociais. Neste contexto, a ESET, apresenta as histórias mais relatadas nos golpes amorosos em aplicativos de encontros e redes sociais, baseadas em um recente relatório da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos.

 

As desculpas mais utilizadas por golpistas nestes casos são:

 

1) Doença, ferimentos e até mesmo prisão: existem situações que geram empatia quase imediata. Uma doença, um ferimento com tons de emergência e, em alguns casos, até mesmo estar na prisão. Estas são algumas das principais desculpas escolhidas pelos golpistas para realizar 24% de seus golpes. Uma vez estabelecido o vínculo e a vítima acredita estar em um relacionamento amoroso real, o golpista começa a pedir dinheiro, alegando ter algum problema com suas contas bancárias ou despesas relacionadas ao ambiente prisional.

 

2) Investimento lucrativo: a criação de um perfil falso em redes sociais que demonstra um alto status econômico e social é também um dos primeiros passos dos golpistas para realizarem suas ações. Eles tentam conseguir vítimas por meio de uma aproximação amorosa, que depois se transforma em um conselho infalível de investimentos. Se conseguir convencer a vítima a aplicar dinheiro, o golpista pode guiá-la para sites falsos que dão a impressão de que sua decisão de investir foi bem-sucedida. A partir daí, o criminoso busca fazer com que a pessoa enganada continue arriscando quantias cada vez mais substanciais de dinheiro.

 

3) Militar em um país distante: aproveitando o nome real de um soldado e talvez adicionando sua semelhança física, o golpista se faz passar por um militar que está prestando serviço em um país distante, com uma história trágica, e cujo serviço está prestes a terminar. Depois de estabelecer um vínculo emocional sólido com a vítima, uma das alegações que ele faz para solicitar dinheiro é a necessidade de obter acesso a uma conexão de internet estável, comprar passagens de avião de retorno ou cobrir despesas médicas.

 

4) Envio de presentes caros: outra grande mentira que os golpistas usam envolve um suposto pacote com presentes de alto valor para a vítima. Após consolidar o relacionamento à distância e prometer um encontro pessoal, o golpista alega ter enviado um presente via correio. A verdade é que o envio nunca chega e é devido a uma suposta multa na alfândega que o está retendo. O golpista então pede à vítima que forneça parte ou todo o dinheiro da multa (uma quantia geralmente considerável) e, claro, ao concordar, a vítima não apenas fica sem o prometido presente, mas também sem seu dinheiro.

 

5) Pedido apressado de casamento: uma das desculpas prediletas dos golpistas é também, fazer a vítima sentir que há uma conexão extraordinária entre eles e que o relacionamento deve avançar para o próximo nível, ou seja, o casamento. Para isso, o golpista pedirá dinheiro, por exemplo, para sua passagem de avião ou para os detalhes organizativos do suposto casamento.

 

6) Herança financeira: neste caso, o golpista, uma vez que estabelece confiança com sua vítima, confirma que, para receber a suposta herança de um parente, ela deve se casar, e é aí que os problemas começam. A partir daí começam os pedidos de pagamento da passagem de avião para que o “pretendente” finalmente conheça sua companheira iludida pessoalmente.

 

7) Naufrágio petrolífero: os golpistas costumam se apresentar como engenheiros em uma plataforma de petróleo em Dubai ou em algum outro lugar muito ligado a essa indústria, como o Golfo do México, Austrália ou Noruega. Sua origem, por exemplo, pode ser irlandesa, inglesa, canadense ou americana, é viúvo ou está divorciado e tem a responsabilidade de cuidar de um filho muito doente ou que vive em um internato.

 

Depois de conquistar a confiança da vítima, a fraude começa: devido ao suposto bloqueio de seu cartão de crédito, ele pede que a vítima envie dinheiro urgentemente. Assim, os pedidos de dinheiro se sucederão repetidamente, até que a vítima perceba que nada é real e que seu dinheiro nunca retornará.

 

8) Fotos íntimas: após um longo trabalho para construir um vínculo e criar confiança suficiente, o golpista solicita que a vítima envie fotos íntimas, visando levar o relacionamento no modelo à distância. No entanto, uma vez que a vítima compartilha suas fotos, o golpista revela suas verdadeiras intenções, ameaçando torná-las públicas caso ela não envie o dinheiro exigido. Esse ciclo, uma vez iniciado, não cessa, pois o golpista aumentará as quantias solicitadas até que a vítima se recuse a continuar pagando.

 

O que fazer para evitar cair nesses golpes?

 

Existem ações que como usuários e usuárias podemos tomar para minimizar o risco de sermos vítimas de um golpe. Entre os bons hábitos a incorporar estão:

  • Investigue sobre as pessoas que conhecemos através da internet (e não apenas nos aplicativos de encontros).
  • Procure a foto do perfil e verifique se coincide com o nome e as informações do perfil, ou se é apenas uma foto falsa.
  • Realize uma busca pelo nome e outros detalhes relacionados à história de vida da pessoa e verifique com as informações disponíveis na Internet.
  • Preste atenção especial ao comportamento da pessoa: se ela faz muitas perguntas ou evita responder às que você faz.
  • Evite compartilhar seus dados pessoais em redes sociais de forma pública, como não fornecer informações sensíveis ou íntimas aos contatos dos aplicativos de encontros, nem enviar vídeos ou fotos comprometedoras.
  • Não transfira ou envie dinheiro a alguém que não tenha conhecido pessoalmente, assim como não abrir novas contas bancárias para terceiros.
  • Não mantenha contato caso suspeite que se trata de um potencial golpista e denuncie o incidente às autoridades. Isso evitará que outras pessoas também se tornem vítimas.

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