70% dos casos de fraudes em compras online são falsos positivos, aponta estudo

Segundo empresa especializada em prevenção de fraude, os casos realmente fraudulentos representam número mínimo das análises. Especialista comenta como evitar

Compartilhar:

Na última década, em especial, o comércio eletrônico saltou significativamente em volume de transações. No entanto, o aumento da atividade digital permitiu novas formas de fraude e ampliou a importância do gerenciamento eficaz para aprimorar a jornada de compra.



Essa sofisticação dos golpes criou, ainda, outro tipo de problema para as companhias: o custo relacionado aos falsos positivos, que ocorrem quando a compra é legítima, mas é apontada como ilícita pelo sistema. Nesse caso, a empresa vendedora deixa de ganhar e a experiência do cliente é prejudicada. Um levantamento da Horus Group aponta que apenas 30% dos casos analisados são, de fato, golpes.

Em 2021, foram 1,9 milhões de tentativas de fraude no Brasil, de acordo com um estudo do Serasa Experian. No entanto, um volume muito maior que esse costuma cair na ‘malha fina’ das análises, e aquelas finalmente não confirmadas como fraudulentas são os falsos positivos. Mas, até que as coisas sejam esclarecidas, já houve significativo impacto financeiro e de relacionamento com o usuário.



“Esse é um problema recorrente em compras online. Os falsos positivos representam um percentual muito significativo das análises que fazemos. Na verdade, a maioria. Por isso, é importante lembrar que, quanto menos tecnologia e experiência empregados na análise de fraude, mais enganos podem ser cometidos. Um e-commerce que preza por oferecer uma experiência positiva de compra ao usuário precisa contar com uma inteligência de dados completa para ter a menor possibilidade de erro possível”, pontua Eduardo Daghum, CEO e fundador da Horus Group. 

Embora a maioria das empresas tenha aprimorado essa relação com o usuário digital, muitas ainda precisam melhorar efetivamente seus controles sem prejudicar o cliente. As organizações demonstram estarem sobrecarregadas com o volume de práticas de má-fé. Nos serviços financeiros, os bancos continuam sofrendo com ataques de fraudadores, o que acaba atrapalhando a verificação de identidades e autenticação dos consumidores verdadeiros enquanto combatem atividades ilícitas.

Para Eduardo, o ideal é considerar a autenticação, o gerenciamento de fraudes e a experiência do cliente como etapas simultâneas, e não isoladas, como são frequentemente tratadas. “Práticas de autenticação mal projetadas têm um impacto negativo para ambas as partes. Para combater as ameaças e aprimorar a experiência do consumidor, as organizações precisam redesenhar as operações e processos tanto internos quanto do cliente, com base em uma avaliação contínua de casos reais de golpes ao longo das principais jornadas do cliente”, completa Eduardo. 


Destaques

Colunas & Blogs

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Malware de aplicativo de empréstimo cresce 43 vezes em dois anos, revela levantamento

De acordo com dados da pesquisa, o Brasil é o 2º país mais atacado por SpyLoan na América Latina
Security Report | Overview

Malware evasivo via conexões criptografadas aumenta 40%, alerta relatório

Estudo mostra que cibercriminosos adotam manobras encobertas para contornar assinaturas com malware zero-day e cadeias de infecção USP
Security Report | Overview

IA será um divisor de águas na cibersegurança em 2026, afirma estudo

Estudo alerta que 2026 será o ano em que a IA transformará definitivamente o cenário de ameaças, ampliando a velocidade,...
Security Report | Overview

Pesquisa identifica novo grupo de espionagem cibernética

Estudo identifica grupo, apelidado de WARP PANDA, que utiliza malwares inéditos em ataques furtivos para roubo de dados e espionagem...