68% das empresas consideram a IA como prioridade em ciberdefesa, revela estudo

Relatório de segurança em nuvem expõe deficiências graves na proteção de ambientes híbridos e de múltiplas nuvens, alertando para o aumento de incidentes, excesso de ferramentas e riscos ampliados com o uso de IA nos ataques e defesa cibernética

Compartilhar:

A Check Point Software divulga os resultados do seu Relatório de Segurança em Nuvem 2025. Os  pesquisadores afirmaram que IA é prioridade, mas falta preparo, 68% das empresas consideram a inteligência artificial uma prioridade em ciberdefesa, mas somente 25% se sentem preparadas para enfrentar ameaças baseadas em IA de forma eficaz.

 

O relatório destacou riscos alarmantes na proteção de ambientes híbridos, bem como em soluções em nuvem e na borda (edge), revelando vulnerabilidades que podem comprometer a confiança, agilidade e resiliência das organizações. Entre as fragilidades sistêmicas apontadas na pesquisa, incluem-se a fadiga de alertas, conjuntos de ferramentas fragmentados e uma incapacidade generalizada das organizações de detectar movimentos laterais ou se defender contra os ataques baseados em IA, o que deixa as empresas perigosamente expostas. As descobertas também incluem estratégias acionáveis para fechar a lacuna entre a inovação na nuvem e a resiliência cibernética.

 

Sinais de alerta

 

Segundo os especialistas diversos indícios apontaram para falhas nas soluções utilizadas, o relatório destacou oito sinais críticos de alerta que não podem ser ignorados. Como por exemplo, incidentes frequentes e mal gerenciados, 65% das empresas enfrentaram ao menos um incidente de segurança na nuvem no último ano,  contra 61% no ano anterior. Apenas 9% detectaram o problema em menos de uma hora, e só 6% conseguiram resolvê-lo nesse mesmo período.

 

A pesquisa revelou também a adoção rápida, mas com defesa atrasada, 62% das organizações já adotaram tecnologias de computação de borda (edge computing) na nuvem, 57% operam em ambientes híbridos e 51% utilizam múltiplos provedores de nuvem. No entanto, muitos modelos de segurança continuam desatualizados diante da complexidade desses cenários.

 

Excesso de ferramentas e fadiga de alertas, também foi um dos pontos levantados. Quase metade recebe mais de 500 alertas por dia, o que sobrecarrega as equipes e atrasa as respostas. O movimento lateral continua sendo um ponto cego, o que permite que atacantes se movimentem livremente entre sistemas sem serem detectados.

 

A detecção geralmente vem de pessoas, não de ferramentas. Apenas 35% dos incidentes na nuvem foram detectados por meio de plataformas de monitoramento de segurança. A maioria foi identificada por funcionários, auditorias ou relatórios externos, revelando lacunas alarmantes na detecção de ameaças em tempo real.

 

Desafios internos prejudicam o progresso: 54% citam o ritmo das mudanças tecnológicas como um grande obstáculo, enquanto 49% enfrentam a escassez de profissionais de segurança qualificados. A fragmentação de ferramentas e a integração deficiente das plataformas (40%) reduzem ainda mais os tempos de resposta e agravam os pontos cegos.

 

 

“As equipes de segurança estão perseguindo um alvo em constante movimento”, afirma Paul Barbosa, vice-presidente de Segurança em Nuvem da Check Point Software. “À medida que os ambientes de nuvem se tornam mais complexos e as ameaças impulsionadas pela IA evoluem, as organizações não podem se dar ao luxo de ficar presas a ferramentas fragmentadas e abordagens legadas. É hora de migrar para defesas unificadas, inteligentes e automatizadas, projetadas para as realidades do mundo descentralizado de hoje”, finalizou o executivo.

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Atuação do grupo de cibercriminosos persiste apesar de operação internacional, alerta pesquisa

Alerta de especialistas afirmam que grupo de cibercriminosos ainda está ativo apesar da operação internacional de busca dos envolvidos
Security Report | Overview

Mais de 12 milhões de smartphones foram alvo de ciberataques, aponta estudo

Entre janeiro e março deste ano, foi registrado um crescimento de 27% em arquivos maliciosos detectados, em comparação com o...
Security Report | Overview

Cibercriminosos intesificam as táticas de malware, revela pesquisa

Os cibercriminosos intensificam as táticas com a campanha sofisticada do AsyncRAT, enquanto o FakeUpdates continua sendo o malware mais difundido...
Security Report | Overview

Ataques potencializados por IA aumentam em setores de e-commerce, aponta estudo

Com 5 milhões de brasileiros vítimas em 2024, estudo destaca os cuidados para golpes potencializados por IA em períodos de...