Desde o início da quarentena o número de golpes e ciberataques cresceu consideravelmente. Se considerarmos o exemplo apenas do segmento de bancos, o aumento na quantidade de phishings, golpes que roubam os dados dos usuários, foi de 70% de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). E não para por aí, diversos setores estão sofrendo com isso. Geralmente, esses ataques têm ocorrido por meio de WhatsApp, e-mails, sites, redes sociais e SMS, ou por alguém que se apresenta como uma empresa ou instituição legítima.
De acordo com a Fortinet, em março houve um aumento de 131% na incidência de vírus, se compararmos o mesmo mês de 2019. Para se proteger, Demetrios Andrigo, Coordenador de Segurança da Informação da WAVY Global, explica que do lado do consumidor, identificar uma mensagem como confiável é o primeiro passo para se ter uma comunicação segura. Já as empresas precisam ter um provedor certificado que possa fornecer essa proteção aos usuários.
“Os golpes não acontecem apenas por falhas na segurança de aplicativos, mas também por velhas táticas de mensagens com links falsos, chamadas de phishing, mensagens de contas que não são verificadas pelo WhatsApp e até e-mails com remetentes não confiáveis”, explica o executivo da empresa de customer experience do Grupo Movile.
Mas, algumas dicas simples podem ajudar os usuários a não caírem nos golpes. Veja as orientações da empresa:
• No caso do SMS, o remetente é sempre um número curto
Se um SMS vem de um número tradicional (10 dígitos) e finge ser uma mensagem de uma instituição bancária ou de uma marca, é a primeira pista para identificar que não é confiável. Os códigos de 5 a 6 dígitos são estabelecidos por empresas que possuem a infraestrutura e o relacionamento com as operadoras de telefonia mais relevantes do País.
• Veja se a conta do WhatsApp é verificada
Mantenha conversas apenas com perfis verificados. Essa é uma segurança para os consumidores e o que dá credibilidade para as empresas. Tal funcionalidade somente é possível para as empresas que passaram pela validação do WhatsApp, produto do Facebook. Para o usuário confirmar se a conta é verificada, ele precisa apenas clicar em mais informações sobre o número e confirmar se ele possui a informação “empresa verificada” em azul, que credibiliza a conta como sendo oficial.
• Identifique o remetente da mensagem (SMS)
Se você receber uma mensagem de texto com o nome da instituição ao invés de um número de telefone, há grandes indícios de que se trata de uma mensagem legítima. As etiquetas de identificação da marca são desenvolvidas por empresas certificadas para oferecer segurança a todos os usuários.
• Empresas nunca solicitam dados confidenciais
Qualquer comunicação oficial das marcas tem o objetivo de informar ou notificar alguma operação e, jamais solicitar sem motivos, dados confidenciais, principalmente senha ou dados bancários ou de cartão de crédito. Por isso é importante desconfiar de quem pedir esse tipo de informação. Anúncios de produtos passaram a ser utilizados como uma porta de entrada para golpistas roubarem o acesso original do usuário. Para evitar que isso aconteça, a dica é nunca fornecer código de segurança de nenhum mecanismo de autenticação, seja de aplicativos, bancos ou e-mails.
• A qualidade da informação é essencial
Ao receber uma mensagem ou e-mail o primeiro passo é sempre avaliar o tipo de informação recebida. As operadoras de telefonia, por exemplo, proíbem a distribuição de mensagens de spam e exigem que as empresas cuidem da qualidade das informações que são distribuídas aos usuários. Sempre desconfie de mensagens com conteúdos que prometem algo muito vantajoso e, às vezes, fora da realidade.