A Chainalysis lançou o blog anual “Crypto Crime Mid-Year” com as atualizações dos principais acontecimentos que marcam o ano de 2024 no ecossistema cripto. Em seu novo levantamento, a empresa de análise de blockchain constatou que aceitação global de criptoativos foi impulsionada pela aprovação dos ETF de Bitcoin e Ethereum nos EUA e pela revisão das regras de contabilidade (FASB), mas também revelou tendências preocupantes no cibercrime.
Segundo o estudo, houve uma queda notável de 19,6% na taxa de atividade ilícita no acumulado do ano de 2024. Apesar disso, por meio da ferramenta Chainalysis Signals, que identifica categorias suspeitas de atividades ilícitas, a empresa destacou uma crescente significativa em dois tipos de crime: fundos roubados e ransomware. Os fundos roubados saltaram de US$ 857 milhões no mesmo período de 2023 para US$ 1,58 bilhão até o final de julho deste ano, enquanto ransomware totalizou um valor de US$ 459,8 milhões, nos aproximando de outro potencial recorde neste tipo de crime.
2024 pode bater o novo recorde de ransomware
No ano passado, até junho de 2023 os pagamentos cumulativos de ransomware representaram cerca de US$ 449,1 milhões, enquanto em 2024 a Chainalysis registrou um total de US$ 459,8 milhões em resgates, o que indica um novo recorde eminente de atividades de ransomware.
Além disso, 2024 já registrou o maior pagamento em um único incidente para o grupo de ransomware Dark Angels, no valor de US$ 75 milhões. Esse aumento é 96% maior em comparação aos registros de 2023, demonstrando um agravamento preocupante neste tipo de crime, que além de piores, se tornaram 10% mais frequentes neste ano.
Invasores miram bitcoin centralizado
O valor dos fundos roubados de 2024 voltou a preocupar os especialistas após um aumento notável de 84,4% em relação ao ano passado. Até julho de 2024, o valor atingiu US$ 1,58 bilhão. Segundo a Chainalysis, esse número pode ser atribuído ao aumento dos preços dos ativos, como o Bitcoin, que cresceu 130% neste ano.
Além disso, o estudo demonstrou que as exchanges centralizadas voltaram a ser o principal alvo dos cibercriminosos. Nos últimos quatro anos, esses invasores estavam focados em corromper partes descentralizadas. Agora, estão se concentrando em organizações mais novas que não possuem investimento em infraestrutura de segurança. Uma das principais táticas utilizadas por esses criminosos é a engenharia social.