Ucrânia aponta dedo para serviço de segurança russo em ataque cibernético

O SBU, serviço de segurança estatal da Ucrânia, afirmou que o ataque, que começou na Ucrânia e se espalhou pelo mundo na terça-feira, foi feito pelos mesmos hackers que atacaram a rede energética da ucraniana em dezembro de 2016.

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A Ucrânia afirmou neste sábado que serviços de segurança russos estão envolvidos em um recente ciberataque no país, que visa destruir importantes dados e espalhar o pânico.

 

O SBU, serviço de segurança estatal da Ucrânia, afirmou que o ataque, que começou na Ucrânia e se espalhou pelo mundo na terça-feira, foi feito pelos mesmos hackers que atacaram a rede energética da ucraniana em dezembro de 2016.

 

Políticos do país rapidamente culparam a Rússia pelo ataque de terça-feira, mas o porta-voz do Kremlin descartou “acusações infundadas”.

 

Empresas de segurança cibernética estão tentando juntar as peças de quem estava por trás do computador, apelidado NotPetya por alguns especialistas, que danificou computadores, atingiu bancos, interrompeu envios e fechou uma fábrica de chocolates na Austrália.

 

O ataque também atingiu grandes empresas russas, levando alguns pesquisadores de segurança cibernética a sugerirem que Moscou não estava por trás disso.

 

O código malicioso no vírus criptografou dados em computadores e exigiu que as vítimas pagassem um resgate de 300 dólares, semelhante à tática de extorsão usada em um ataque global de ransomware WannaCry em maio.

 

Mas autoridades ucranianas e alguns especialistas em segurança dizem que o recurso ransomware era provavelmente uma tela de fumaça.

 

As relações entre a Ucrânia e a Rússia entraram em queda livre após a anexação por parte de Moscou da Crimeia em 2014 e o subsequente surto de uma insurgência separatista apoiada pelo Kremlin no leste da Ucrânia que deixou mais de 10 mil pessoas mortas.

 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia e o Serviço Federal de Segurança não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre as últimas alegações.

 

*Com informações da agência Reuters

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