A pandemia incentivou mundialmente muitas instituições financeiras a repensar a estratégia de negócios para competir melhor em uma economia que prioriza os canais digitais. Neste ambiente, o cenário de fraudes ganha destaque, exigindo controles mais potentes a fim de aumentar as taxas de resolução de problemas relacionados a golpes fraudulentos.
De acordo com os dados levantados pela FICO durante a Black Friday deste ano, foram gerados 160 mil alertas de fraudes referentes a 25 produtos distintos de 15 instituições financeiras clientes da companhia. Esses alertas representaram R$ 750 milhões em possíveis perdas, sendo que 47% foram transações aprovadas e 53% negadas.
Saulo Fernandes explica que, dentre as transações aprovadas, 96% eram compras legítimas, a plataforma reprocessou e aprovou a transação. E quase 4% eram, de fato, fraudes. Dentre as operações negadas pelo sistema de monitoramento, 89% eram legítimas e 10% foram constatadas como fraudes.
“Neste ano, vimos que as regras de prevenção estão mais rigorosas e qualquer movimento suspeito o sistema financeiro bloqueia a transação. Se olharmos para uma média de valores, os alertas demonstraram que as perdas causadas por fraudes foram de aproximadamente R$ 7 milhões. Se nossos sistemas não estivessem bloqueado operações suspeitas, esse valor poderia ultrapassar R$ 35 milhões perdidos com golpes”, destaca.
Ele explica ainda que dos 160 mil alertas, 88% vieram de transações online, corroborando com a tendência do consumidor em realizar cada vez mais compras no ambiente digital. “Se compararmos com 2020, o número de alertas foi maior este ano, até porque as regras foram mais criteriosas principalmente com transações online. Isso significa que as instituições financeiras estavam mais dispostas a negar uma operação a fim de correr menos riscos com perdas”, completa.
Um ponto positivo destacado por Fernandes foi o aumento de 12% este ano, comparado com 2022, no volume de interação dos clientes com os canais digitais das instituições financeiras. Isso representa interações realizadas em menos de um minuto, com melhora na comunicação e na taxa de reprocessamento da transação, melhorando a experiência do cliente no nomemto da compra.
“Para 2022, esperamos um cenário parecido com 2021 nas análises de fraudes em operações financeiras durante a Black Friday. O desafio será expandir os processos de prevenção para os novos métodos de pagamento, como o Pix, e alcançar o mesmo nível de efetividade no monitoramento dos pagamentos tradicionais”, completa.
Portfólio
Embora os provedores de serviços financeiros busquem usar todos os dados disponíveis para ter uma visão global e tomar as melhores decisões para seus clientes, estes, por sua vez, continuam a buscar maior eficiência, confiabilidade e transparência em produtos e canais de contato. A FICO nasceu com o DNA forte na análise de dados com entendimento de perfil de comportamento para tomada de decisão. Pautada nessa estratégia, a companhia lançou essa semana a solução de originação para o setor financeiro, o FICO Originations Solution, operado pela plataforma da companhia e fornecida globalmente na nuvem Amazon Web Services (AWS).
A ideia é oferecer aos clientes decisões mais precisas e rentáveis, baseadas em dados mensuráveis e visão 360°, além de inteligência na análise de dados para uma tomada de decisão mais precisa, automatizando a jornada de forma linear durante o processo de originação de crédito, evitando fraudes e atendendo as necessidades dos clientes.