STJ confirma que hacker bloqueou acesso a dados do tribunal

Segundo o tribunal, as informações estão preservadas em backup. Apesar do presidente Bolsonaro afirmar que já encontraram o criminoso, PF segue com investigação

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou hoje (5) que o hacker que realizou um ataque cibernético ao sistema de informática do órgão conseguiu criptografar e bloquear o acesso aos dados do tribunal. No entanto, as informações sobre os processos judiciais, contas de e-mail e contratos administrativos permanecem íntegras e estão preservadas em um backup.

 

Na terça-feira (3), os sistemas do STJ foram alvo de um ataque cibernético, e a transmissão das sessões de seis colegiados foi interrompida. Por medida de segurança, os julgamentos virtuais e os prazos processuais foram suspensos até segunda-feira (9). Os ministros e servidores foram alertados para não utilizarem computadores pessoais ligados ao sistema do tribunal.

 

Em nota, o presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, informou que o setor de tecnologia do STJ está trabalhando para recuperar o sistema. O Centro de Defesa Cibernética do Exército está ajudando no trabalho.

 

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. A investigação foi aberta a pedido de Martins e do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça.

 

Declaração do Presidente

Na noite de ontem, durante uma transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que a PF identificou o autor do ataque ao STJ.

 

“A Polícia Federal entrou em ação imediatamente. Tive a informação do diretor-geral da PF, Rolando Alexandre, e ele foi elogiado pelo presidente do STJ no que ele conseguiu até agora. Já descobriram quem é o hackeador. O cara hackeou e não conseguiu ficar duas horas escondido”, disse o presidente.

 

Até o momento, a PF não confirmou se encontrou os culpados. O órgão instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias da invasão dos computadores do STJ, as diligências iniciais da investigação já foram adotadas, inclusive, com a participação de peritos da instituição. Eventuais fatos correlatos poderão ser apurados na mesma investigação, que está em andamento na Superintendência Regional da Policia Federal no Distrito Federal.

 

*Com informações da Agência Brasil

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