A arquitetura SASE (Secure Access Service Edge) tem como premissa fornecer conectividade abrangente e tecnologias de segurança em um ambiente de cloud. O Gartner foi muito feliz ao propor o conceito em 2019, meses antes da pandemia acelerar a adoção desse modelo de arquitetura, pois as empresas precisaram oferecer aos colaboradores um ambiente seguro para o trabalho remoto.
Hoje, o conceito já faz parte da jornada de transformação da Segurança, uma arquitetura que vem avançando dentro das organizações em paralelo com a própria maturidade da computação em nuvem. Essa inovação faz sentido para as empresas, principalmente para aquelas que estão mergulhadas na transformação digital e buscam alternativas para eficiência operacional, automação e centralização das estratégias de cyber security.
Na visão de Fabio Basilio, Associate Director, Net&Sec Ops Coordinator do BTG Pactual, o SASE virou realidade se tornando uma das maiores ferramentas de trabalho para os times de Segurança. “Mesmo durante a pandemia, em que muitas empresas demitiram funcionários, remamos no sentido contrário contratando mais de 600 pessoas. Nossa empresa não para de crescer e devemos muito à inovação tecnológica com a facilidade plug and play que os modelos em nuvem oferecem”, diz o executivo durante o Security Roundtable Palo Alto Networks, realizado em dezembro passado.
Daniel Lemos, Security Delivery Executive da Accenture Brasil, também participou da discussão e ressalta que muitos negócios foram impactados durante a pandemia, mas que a maioria conseguiu, de certa forma, se adequar. Ele ressalta que agora é o momento para mergulhar na jornada SASE a fim de fazer a diferença no business, uma vez que o negócio já está em nuvem há algum tempo.
“Se meu usuário está de home office, devo garantir proteção e performance. Ou seja, precisamos consolidar a Segurança em um ambiente de nuvem para garantir menor custo, facilidade operacional e oportunidades de crescimento dos negócios. Essa é a SI do futuro e é isso que o SASE pode proporcionar”, acrescenta.
A premonição do Gartner diz muito sobre a nova realidade das empresas, com usuários trabalhando remotamente e dados na nuvem. Um cenário que força o CISO a tomar posse das novas arquiteturas. “Assumir essa estratégia significa mais flexibilidade, escalabilidade e possibilidades de agregar novos recursos muito rapidamente”, diz Diego Godoi, Coordenador de infraestrutura de TI, Redes e Segurança do Banco BV.
“A tecnologia evolui e precisamos apostar em novas arquiteturas, principalmente no modelo em nuvem, pois é de grande ajuda para a Segurança como um todo”, reflete Luiz Humberto Sucupira Júnior, gerente executivo do Banco do Nordeste do Brasil. Para ele, o momento atual exige liderança da SI nos planejamentos estratégicos, com atuação mais próxima do board e alinhado com as diretrizes do negócio. “O SASE quebra uma série de paradigmas e estamos prontos para essa mudança”, completa.
Por ser um conceito novo no mercado de Segurança da Informação, muitas empresas já estão na jornada SASE, especialmente aquelas que contam com alguns ambientes em nuvem consolidando ferramentas e políticas. “O importante é ter a consciência de onde queremos chegar com o SASE. A partir disso, é mais fácil sensibilizar o business e levar entendimento dessa nova arquitetura para toda organização, pois o negócio precisa de proteção para atuar em um cenário cada vez mais conectado”, conclui Daniel Lemos.
