Qual a diferença entre monitoramento e observabilidade?

Ambos os tópicos são correlacionados, todavia, enquanto o monitoramento se foca em detectar os problemas no sistema, a observabilidade capacita os profissionais de tecnologia a entender com profundidade a causa do problema e aplicar as respostas adequadas

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Por Guilherme Marcial*

 

Se sua empresa monitora os sistemas rastreando métricas, coletando e analisando dados a fim de avaliar a integridade do sistema, muito provavelmente existe a identificação de problemas conhecidos para alertar os administradores quando algo sai do esperado. Ótimo. Mas saiba que o monitoramento é muito importante, porém, sozinho, não é o suficiente. É preciso dar um passo adiante e entender o ambiente com base em seus resultados. Isto tem nome e chama-se: observabilidade.

 

Qual é a diferença entre monitoramento e observabilidade?

 

Por meio dos sistemas de monitoramento é possível descobrir anomalias ou comportamentos incomuns no estado e na performance do sistema. Já, com a observabilidade, quaisquer anomalias podem ser investigadas, mesmo que elas ocorram devido às interações entre centenas de componentes do serviço.

 

A observabilidade pode ser considerada a evolução dos métodos tradicionais de monitoramento e gerenciamento de desempenho, adaptando-se melhor à natureza dinâmica das implementações modernas em nuvem. Logs, métricas e traces são os três pilares fundamentais dela os quais oferecem insights vitais para entender e otimizar o desempenho dos sistemas de TI.

 

Por exemplo, o monitoramento pode detectar que um servidor está com alta utilização de CPU e enviar um alerta. Já, o conceito da observabilidade inclui as causas da falha, ou seja, ela é capaz de rastrear a causa raiz do problema de desempenho o qual estava afetando várias partes de um sistema distribuído. Nesse sentido, enquanto o monitoramento diz o que está acontecendo, a observabilidade explica o porquê e mostra como resolver o problema.

 

Adotar o conceito de observabilidade na empresa é crucial para a detecção ativa de problemas, pois permite identificá-los antes que eles afetem aos usuários, proporcionando uma experiência mais estável e confiável. O fornecimento de dados em tempo real ajuda a otimizar o desempenho do sistema e a tomar decisões mais assertivas.

 

Com uma visão clara do ambiente, as equipes podem resolver falhas mais rapidamente, além de minimizar o tempo de inatividade e os impactos negativos. Ao permitir que os sistemas funcionem de maneira eficiente e sem interrupções, a satisfação do cliente aumenta. Por isso, implementar o conceito de observabilidade pode ser um diferencial competitivo, uma vez que, ajuda a empresa a se adaptar à volatilidade dos ambientes atuais.

 

Adotar ferramentas e práticas para coletar, correlacionar e analisar dados de desempenho de aplicações distribuídas, juntamente com o hardware e a rede em que operam, é um caminho seguro e atual. Mas para escolher uma solução de observabilidade quais critérios devem ser considerados? Em primeiro lugar, a plataforma precisa se integrar bem com suas ferramentas e infraestrutura atuais. Quanto mais integrações disponíveis, melhor será a visibilidade e o controle sobre seus dados.

 

Ela também deve fornecer uma gama diversificada de testes de monitoramento, adaptados às necessidades específicas da sua organização, além da capacidade de visualizar e explorar a linhagem de dados. Deve oferecer uma interface simples e intuitiva para checar as origens e entender as transformações dos dados, além de possuir características de catálogos, servindo como um ponto centralizado para acessar todas as fontes de dados.

 

Avalie o suporte técnico oferecido e a comunidade em torno da solução. Pois, o serviço de suporte pode fazer a diferença na resolução de problemas e na implementação de novas funcionalidades. Esses pontos ajudarão você a pensar sobre a adoção – ou não – da observabilidade. Veja se sua organização precisa (ou não) compreender o estado interno ou condição de um sistema complexo baseando-se no conhecimento de suas saídas externas.

 

Guilherme Marcial é diretor comercial e marketing da Teletex*

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