Segundo o portal do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal iniciou na última terça-feira (26), uma operação contra golpes e fraudes envolvendo criptoativos. De acordo com a nota, o objetivo era desarranjar um grupo de cibercrimnosos, que foi acusado de furto de mais US$ 2,6 milhões, subtraídos de carteiras de criptoativos mantidas fora do país.
A nota afirma também que a ação é uma parceria da PF com as forças da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos. A investigação teve início após informações serem passadas pela agência de segurança. Algumas pessoas vinculadas ao furto foram identificadas no sistema e a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em cidades do território brasileiro, além do congelamento de bens dos suspeitos investigados.
Nessa semana outra operação da Polícia foi realizada contra grupos de cibercriminosos. As Polícias Civis de São Paulo e Pernambuco cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão na cidade de Olinda. As ações coercitivas foram confirmadas pelo Secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite. O objetivo foi desarticular um esquema de comprometimento de credenciais governamentais, fraude de documentação oficial e ameaças contra indivíduos nas mídias sociais.
A Security Report disponibiliza a nota da PF sobre a ação contra fraudes em criptoativos:
“A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (26/8), a Operação Decrypted, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa responsável por fraudes eletrônicas em carteiras de criptoativos e lavagem de dinheiro transnacional.
A ação é fruto de cooperação entre a Polícia Federal e o escritório da El Dorado Task Force da Homeland Security Investigations (HSI), em Nova York (EUA), representado pelo Oficialato de Ligação da PF naquela unidade.
As investigações tiveram início após informações repassadas pela agência norte-americana. Ao longo de um ano de apurações no Brasil, foi possível identificar pessoas vinculadas ao furto eletrônico de criptoativos no valor de aproximadamente US$ 2,6 milhões, subtraídos de carteiras mantidas em uma exchange sediada nos Estados Unidos.
Dados apontam a participação de indivíduos localizados no Brasil, especialmente no Maranhão. Também foi constatada movimentação financeira incompatível com a capacidade econômica dos principais investigados, que recebiam elevados valores de provedoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs), sem justificativa comercial ou negocial.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens dos investigados, nas cidades de Imperatriz/MA, João Lisboa/MA, Palmas/TO e Goiânia/GO, autorizados pela Justiça Federal.”