ISH Tecnologia anuncia descoberta de prática conhecida como “QRShings” em sites e também em lojas físicas
A ISH Tecnologia detectou nos últimos dias uma crescente de golpes utilizando o QR Code, muito utilizado na internet e em estabelecimentos físicos para pagamentos e checagem de informações, especialmente no período pós-pandemia.
Os chamados “QRShings”, derivados dos comuns golpes eletrônicos phishings, são um tipo de ataque virtual que direciona a vítima à um ataque malicioso, levando a possíveis sequestro de informações confidenciais, como dados bancários, de domínio empresarial, senhas de redes sociais, ou até mesmo downloads de arquivos que possam ter malwares que comprometam todo o sistema do aparelho.
Mas segundo Flávio Nogueirão, Analista de Inteligência de Ameaças da ISH, há uma grande diferença nas possibilidades que o QRShing dá em comparação aos phishings de e-mails e redes sociais vistos recorrentemente: “Os phishings, apesar de terem bastante sucesso em coletar informações via links maliciosos mandados em e-mails ou redes sociais, não se transferem ao mundo físico como o QRShing consegue.”
Um exemplo do ataque pode ser visto num vídeo sendo circulado nas redes sociais, no qual uma pessoa retira um QR Code que está sobreposto em outro. O golpista sobrepõe o QR Code verdadeiro com um QR Code malicioso, podendo levar as possíveis vítimas a websites para roubo de informações ou a serem infectadas com malwares.
Além do mais, Nogueirão alerta ainda que a dificuldade de se proteger de ataques com QR Codes corrompidos apenas aumenta, porque segundo ele, não somente é quase impossível diferenciar um código do outro, mas também a distribuição que pode ser feita por todos os estabelecimentos por conta da adoção desse tipo de código para a realização de muitas das ações do cotidiano.
A equipe de análise de malwares da ISH Tecnologia já analisou algumas situações que envolvem o uso do QR Code para aplicar golpes virtualmente. Alguns dos exemplos mais comuns são:
Golpe do boleto falso: os golpistas geram um QR Code malicioso e enviam no e-mail das vítimas alegando que seja um pagamento referente a um boleto bancário. Ao fazer o pagamento, o atacado transfere o dinheiro pros golpistas.
Golpe do QR Code adulterado: em estabelecimentos físicos, está sendo muito comum colocar QR Codes para acessar cardápios e informações, e também para realizar pagamentos de contas via PIX. Os criminosos colam adesivos em cima desses códigos oferecidos pelos locais de códigos QR que podem levar à possíveis URL´s infectadas e também contas bancárias diferentes da do prestador de serviço em questão.
Golpe do falso funcionário: nessa invasão, os grupos se passam por funcionários de empresas, e enviam um QR Code para a vítima dizendo que é necessário escaneá-lo para resolver um problema. Ao fazer o acesso, a vítima acaba fornecendo dados pessoais ou financeiros para os golpistas.
Golpe do QR Code em anúncios: nesse golpe, os atacantes se passam por anunciantes que vendem um certo tipo de produto em uma faixa de preço muito mais barata que as lojas verdadeiras. Quando a vítima realizar a compra, perceberá que na verdade sua transação foi feita para a conta de um grupo malicioso. Para se proteger, Nogueirão recomenda algumas precauções antes de escanear qualquer QR Code: “verificar a autenticidade do código, não compartilhar informações pessoais para a página que o código abrir e verificar o endereço de destino são algumas das ações que ajudam na prevenção dos vazamentos de dados confidenciais ou de transações para endereços errados”, conclui.