Mais da metade das PMEs latinas sofreram ciberataques em 2024

Estudo mostra que as principais ameaças que afetam as organizações são as mensagens falsas, malware e o ransomware (golpe que sequestra dados); e 1 em cada 5 PMEs não está preparada para combatê-los

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Em 2024, mais da metade das pequenas e médias empresas (PMEs) na América Latina viram um aumento nas tentativas de ciberataques. De acordo com o estudo da Kaspersky IT Security Economics, com base em pesquisas com profissionais de TI e Segurança de TI na América Latina, 57% dos consultados disseram que no último ano houve um aumento no número de ciberataques direcionados a PMEs na região, sendo o phishing o ataque mais relatado (43%).

 

Apesar disso, a pesquisa revelou que 20% admitem que não estão preparadas para enfrentá-las. Isso as deixa vulneráveis a ameaças como e-mails falsos que tentam roubar informações (phishing), programas nocivos que são instalados sem permissão (malware), fraudes financeiras para roubar dinheiro ou ataques que bloqueiam arquivos e exigem pagamento para liberá-los (ransomware). Outros ataques relatados são a instalação secreta de malware, afetando 37% das empresas, ataques que se baseiam em e-mails falsos para se passar por executivos ou parceiros de negócios (28%) e ransomware 20%.

 

Falta de estrutura em SI

 

Em contraste, os executivos consultados reconheceram que algumas das PMEs da região não estão adequadamente protegidas em termos de cibersegurança.  14% admitiram que sua empresa tem “lacunas consideráveis na proteção contra as ameaças atuais” e 6% disseram que a PME para a qual trabalham tem apenas a “proteção básica” contra esses desafios.

 

Os pesquisadores afirmaram que a falta de preparação em cibersegurança por parte de muitas PMEs não é apenas uma vulnerabilidade técnica, mas um reflexo de uma lacuna estrutural que se aprofundou com a digitalização acelerada. Embora essas empresas adotem novas tecnologias para crescer e competir, seus níveis de proteção digital não avançam no mesmo ritmo. Essa desconexão os expõe a riscos crescentes, muitas vezes sem que eles estejam totalmente cientes do impacto que uma violação ou ataque pode ter em sua operação diária.

 

A longo prazo, a análise apontou que esse desalinhamento entre digitalização e segurança pode limitar o próprio desenvolvimento das PMEs. Não se trata apenas de evitar perdas econômicas, mas também de proteger sua reputação, seu acesso a oportunidades de negócios e seu relacionamento com aliados estratégicos.

 

“No ambiente competitivo de hoje, as pequenas e médias empresas devem concentrar seus esforços no crescimento de seus negócios, sem que as ciberameaças se tornem uma distração constante. Ter uma solução de cibersegurança confiável, que opere de forma autônoma e eficiente, permite que os gerentes de negócios se concentrem em seus objetivos estratégicos, sem precisar se tornar especialistas em tecnologia. A segurança digital deve ser um facilitador do crescimento, não um fardo adicional”, comenta Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky para as Américas.

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