O cenário de ataques cibernéticos segue intenso e prejudicando diversas empresas do mercado, o que obriga as organizações a reforçarem as defesas e barreiras de Segurança, adotando tecnologias robustas e eficazes. Vitor Sena, CISO Global e DPO da Gerdau, explica que hoje o ransomware, principal tipo de ataque cibernético usado para afetar organizações, é utilizado com objetivo de acessar as informações sensíveis das organizações.
“Nessa modalidade, o primeiro item comprometido é o backup. Geralmente, os colaboradores não percebem o que está acontecendo, quando essa invasão chega aos sistemas, o backup já está completamente afetado”, comenta Sena durante apresentação no Dell Technologies Forum, evento realizado nesta terça-feira (05) em São Paulo.
De olho no movimento praticado pelo cibercrime, a Gerdau resolveu apostar em uma solução de Cyber Recovery da Dell Technologies para evitar um possível impacto em seus dados. Sena comenta que a tecnologia trabalha juntamente esse tipo de aspecto e que a ideia do projeto não é para ser mais uma opção de backup, mas uma alternativa de salvação. A expectativa é que até o final deste ano, a tecnologia esteja 100% implementada.
“Na plataforma, existe pelo menos uma cópia do que temos de mais crítico, onde podemos fazer posteriormente uma validação e verificar se essa cópia está comprometida. Após essa verificação, a informação é blindada no ambiente, sendo possível acessar somente utilizando os protocolos de Segurança. É algo que esperamos nunca ter que usar, mas se precisar, estará pronto”, explica o CISO e DPO da companhia em entrevista concedida à Security Report durante o evento.
Sena compartilha que a área de Segurança realizou todo o entendimento da solução e definiu as estratégias, porém, o projeto foi 100% patrocinado e conduzido pela área de infraestrutura da companhia. Para ele, a Segurança da Informação é uma responsabilidade de todos e não apenas da TI.
Dante Machado, Diretor Nacional de Vendas da Dell Technologies, concorda com Sena e acrescenta que o projeto une os dois mundos. “Até porque, quando a solução estiver 100% implementada, será utilizada por todos. Hoje, as áreas precisam atuar em conjunto, não existe o problema só de um setor, por isso é importante que o trabalho colaborativo”, acrescenta.
De acordo com Vitor Sena, esse projeto está sendo executado primeiramente no Brasil, mas a expectativa é de extensão para o exterior. “Até o final deste ano, essa tecnologia de Cyber Recovery executará suas funções em solo nacional. Os próximos passos contemplam a ampliação para outras plantas”, finaliza o CISO.