O Gartner divulgou uma pesquisa sobre os principais uso da IA Generativa em setores judiciários. Os especialistas do avaliaram um total de 16 casos de uso potenciais de GenAI em departamentos jurídicos, os classificando de acordo com o valor para os negócios e a viabilidade.
Segundo, Weston Wicks, Analista Sênior, a GenAI é uma ferramenta que pode remodelar o departamento jurídico, por meio da automatização de tarefas. “As implicações são significativas, pois a Inteligência Artificial Generativa pode permitir que os departamentos jurídicos aloquem recursos com mais eficiência e concentrem mais tempo dos funcionários em iniciativas estratégicas.”
Os especialistas do Gartner avaliaram um total de 16 casos de uso potenciais de GenAI em departamentos jurídicos, os classificando de acordo com o valor para os negócios e a viabilidade.
Os casos de uso com o maior valor para os negócios e mais viáveis de serem implementados e operados em um departamento jurídico corporativo típico foram a visibilidade de contratos, extração de dados, a revisão automatizada de contratos, o resumo de documentos jurídicos.
De acordo com os especialistas, a GenAI pode revolucionar o gerenciamento de dados de contratos ao identificar, extrair e classificar termos e condições de contratos legados e de terceiros. E afirmam que é possível criar um banco de dados pesquisável, aumentando significativamente a produtividade das tarefas, como o gerenciamento pós-assinatura e a due diligence de fusões e aquisições.
O relatório expliou que a GenAI condensa textos jurídicos complexos em resumos concisos e coerentes, destacando os principais pontos e insights essenciais. Fazendo um trabalho mais eficaz e permitindo que haja maior produtividade na equipe. Apesar de ter várias ferramentas de resumo baseadas em IA disponíveis, o Gartner reforçou que a revisão humana continua sendo essencial para garantir a precisão e a confiabilidade do conteúdo gerado.
“Em alguns casos, a GenAI pode fornecer respostas automáticas ou modelos de documentos, permitindo que a equipe jurídica se concentre em tarefas mais complexas”, ressaltou Wicks.
Além disso, a GenAI pode converter discussões faladas em reuniões em transcrições escritas e condensá-las em resumos curtos com os principais pontos e conclusões. A pesquisa apontou que a tecnologia economiza tempo ao produzir automaticamente resumos detalhados, há uma rápida implementação departamentos ou empresas.
Apesar disso, os especialista reforçaram que as empresas também devem desenvolver seus recursos de avaliação de risco para aproveitar totalmente essa tecnologia. O analista reforçou que a tecnologia não substituirá os profissionais formados na área.
“Os departamentos jurídicos terão que adotar essas tecnologias para se manterem competitivos e eficientes. Essa não é uma tecnologia que pode simplesmente substituir as pessoas, mas, à medida que seu uso se torna mais predominante, a capacidade de aproveitá-la de forma eficaz para o trabalho jurídico se tornará uma aposta para a maioria dos funcionários do setor”, finalizou Wicks.