A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) está pedindo para autoridades eleitorais do país a incrementar a segurança de seus computadores depois de descobrir indícios de que hackers atacaram duas bases de dados eleitorais estaduais nas últimas semanas, de acordo com um informe confidencial.
O aviso foi dado em um alerta relâmpago da Divisão Cibernética do FBI em 18 de agosto. A Reuters obteve uma cópia do documento.
O Yahoo News foi o primeiro a noticiar o fato nesta segunda-feira, citando agentes da lei não identificados que disseram acreditar que hackers estrangeiros provocaram as intrusões.
As autoridades de inteligência dos EUA temem cada vez mais que hackers patrocinados pela Rússia ou outros países tentem atrapalhar a eleição presidencial de novembro.
Autoridades e especialistas de cibersegurança dizem que as invasões recentes ao Comitê Nacional Democrata e em outras instituições do Partido Democrata provavelmente foram levadas a cabo por pessoas de dentro do governo russo. As autoridades do Kremlin vêm negando as acusações sobre o envolvimento de Moscou.
As preocupações com a segurança cibernética durante a eleição levaram o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, a convocar uma teleconferência com autoridades eleitorais estaduais no começo deste mês, quando ofereceu a ajuda do departamento para tornar seus sistemas de votação mais seguros.
O alerta do FBI não identificou os dois Estados visados pelos invasores virtuais, mas o Yahoo News disse que fontes a par do documento afirmaram que ele se refere ao Arizona e Illinois, cujos sistemas de registro de eleitores foram invadidos.
Mencionando um funcionário de um comitê eleitoral estadual, o Yahoo News disse que o sistema de registro de eleitores de Illinois ficou fora do ar por 10 dias no final de julho depois que hackers baixaram dados pessoais de até 20 mil eleitores.
O ataque no Arizona foi mais limitado e envolveu a introdução de software prejudicial no sistema de registro de eleitores, disse uma autoridade do Estado, de acordo com o Yahoo News, ainda segundo a qual nenhum dado foi retirado durante a invasão.
* Com informações da Agência Reuters