A empresa de tecnologia anunciou a correção de três novas falhas de Zero-Day na quinta-feira (18), capazes de expor registros internos de um conjunto de modelos de smartphones e tablets. A autoridade de Cibersegurança alertou para os riscos ao poder público e à iniciativa privada caso essas correções demorem
A Apple informou na última semana ter descoberto e eliminado três novas vulnerabilidades de Zero-Day que afetavam diversos equipamentos vendidos pela companhia. Segundo a divulgação dos patches corretivos, algumas dessas falhas já estariam sendo ativamente explorados, levando a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA) a ordenar a correção dos três problemas pelos órgãos federais.
As vulnerabilidades permitiam a eventuais atacantes escaparem dos espaços de sandbox do navegador WebKit e serem capazes de acessar informações sigilosas no dispositivo invadido e possibilitando execuções arbitrárias de códigos durante um processo bem sucedido de exploração. Entre os equipamentos em risco estão modelos 6, 7, 8 e SE do iPhone, iPads Pro, Air e Mini, e máquinas Mac com alguns recursos específicos.
Com a ordem emitida pela CISA, os órgãos públicos ligados ao poder Executivo federal dos EUA contarão com um prazo de 20 dias úteis para que todos os seus sistemas Apple sejam atualizados com os novos patches de proteção. Em nota emitida na segunda-feira (22), a autoridade de Cibersegurança ressaltou os riscos representados por essas vulnerabilidades a máquina pública, caso sejam exploradas por cibercriminosos.
Uma das preocupações mais relevantes da instituição partia da origem das descobertas das vulnerabilidades. Segundo a Apple, elas foram relatadas pelo Grupo de Análise de Ameaças do Google e do Laboratório de Segurança da Anistia Internacional, equipes especializadas em detectar falhas usadas em instalações de spywares contra dispositivos de pessoas públicas, jornalistas, políticos e opositores de governos pelo mundo.
“Embora essa diretriz se aplique apenas aos órgãos do Poder Executivo Civil Federal, a CISA recomenda fortemente à todas as organizações reduzir sua exposição a ataques cibernéticos priorizando a correção oportuna das vulnerabilidades do Catálogo como parte de sua prática de gerenciamento de vulnerabilidades. A CISA continuará a adicionar vulnerabilidades ao catálogo que atendam aos critérios especificados”, encerra o comunicado.
*Com informações do BleepingComputer