Por Julio Signorini*
Desenvolvimento Econômico: Inovação, Sustentabilidade e um Toque de Realidade
O conceito de desenvolvimento econômico em 2025 já aposentou o velho foco no crescimento do PIB (ou a compra à vista do seu novo smartphone) como único medidor de sucesso. Agora, ele abraça pilares como inovação tecnológica, sustentabilidade, inclusão social e, cada vez mais, cibersegurança. Afinal, de que adianta crescer economicamente enquanto você derrete debaixo do sol de 42ºC devido ao aquecimento global ou tem seus dados pessoais expostos em um vazamento digital? No jogo atual, quem une tecnologia, consciência e segurança cibernética ganha!
A Nova Era do Crescimento: Sustentável, Verde e (quase) Imbatível
Líderes globais já perceberam que apostar em energia renovável e inteligência artificial (IA) é mais certeiro que investir na loteria. Em 2024, fontes renováveis atenderam 38% da demanda de energia mundial, e a previsão é atingir 50% até 2030. Por outro lado, as Big Techs se tornaram tão importantes que somam 5% do PIB global apenas com sua influência. Basicamente, se sustentabilidade e IA fossem times de futebol, provavelmente estariam disputando a final do Campeonato Mundial de Economia.
Ah, e um bônus sustentável: empregos verdes estão se multiplicando enquanto setores tradicionais se adaptam à transformação digital e ambiental. Mas, com a digitalização em alta, surge um alerta: quanto mais conectados estamos, mais vulneráveis nos tornamos. Governos e empresas precisam investir em cibersegurança para proteger os dados e garantir que o progresso digital não se transforme em um pesadelo de invasões e vazamentos.
Inclusão Econômica: Porque Crescer Sozinho é Tão Passado
Graças à conectividade global, a desigualdade passou a ser encarada como o vilão daquele filme que todo mundo quer derrotar. Com o avanço da internet 5G (e até 6G), até populações de áreas rurais estão entrando no ecossistema digital global, abrindo lojas, acessando cursos e se conectando ao mundo. Plena era dos TikTok’s educativos e microcréditos que transformam pequenos negócios em grandes potências regionais.
Mas, com a inclusão digital, vem também o desafio da proteção de dados pessoais e financeiros. Pequenos empreendedores e novos usuários da economia digital são alvos fáceis para golpes e crimes cibernéticos. Sem uma estrutura robusta de cibersegurança, a inclusão pode virar exclusão – e a confiança no sistema digital pode ruir.
Cooperação Global: O Novo Manual do Jogo Econômico
Depois de décadas de globalização “malvadão”, onde o maior tubarão comia todo mundo, agora a economia global aposta na cooperação. Parcerias econômico-sustentáveis (olá, acordos como o RCEP) estão redefinindo fluxos comerciais e promovendo desenvolvimento articulado. E o Brasil, com sua abundância de recursos naturais e importantes commodities “verdes”, está no radar das maiores economias globais – uma espécie de queridinho da transição ecológica.
No entanto, para que essa cooperação seja eficaz, a segurança digital entre fronteiras também precisa ser prioridade. Acordos econômicos globais só funcionarão plenamente se houver confiança entre os países, o que inclui proteger informações estratégicas e evitar ataques cibernéticos que possam desestabilizar cadeias de valor ou sistemas financeiros.
A Fórmula do Sucesso Econômico em 2025
Aposte na educação tecnológica para formar uma força de trabalho preparada para a IA. A inteligência artificial já deixou de ser coisa do futuro e está moldando o presente das economias. Investir em educação tecnológica significa preparar profissionais para enfrentar os desafios de automação e inovação. Cursos que desenvolvem habilidades avançadas, como programação, análise de dados e pensamento crítico, são a chave para garantir que a força de trabalho esteja pronta para não apenas acompanhar, mas também liderar as transformações digitais.
Adote economias verdes e diga “olá” para fontes de energia renovável (adeus, combustíveis fósseis!). O futuro é verde, e as economias que abraçam soluções sustentáveis estão na dianteira do crescimento global. Apostar em energia solar, eólica e outras renováveis não é apenas ser um “cara legal” e uma responsabilidade ambiental – é uma estratégia econômica. Além de reduzir custos a longo prazo, essas fontes criam milhares de novos empregos e colocam os países alinhados com as metas de descarbonização no radar de grandes investimentos internacionais.
Abrace a inovação, conectividade e cibersegurança como catalisadoras do crescimento. A inovação é o motor do desenvolvimento econômico, e a conectividade garante que esse motor funcione no máximo de sua capacidade. Mas, sem cibersegurança, todo o ecossistema digital está em risco. Economias que investem não apenas em tecnologia de ponta, mas também em sistemas robustos de proteção digital, conseguem atrair negócios, fomentar novos empreendimentos e se destacar em um cenário global cada vez mais competitivo.
Priorize a equidade social, porque qualquer economia sustentável precisa caminhar junto com a redução das desigualdades. Investir em crescimento que inclua todas as camadas da sociedade não é apenas ético, mas também essencial para a estabilidade econômica a longo prazo. Políticas que promovam acesso igualitário à educação, saúde, emprego e tecnologia evitam conflitos sociais e criam consumidores e trabalhadores mais qualificados. Ou seja, a equidade social é o alicerce de uma economia resiliente e sustentável.
Case Study: Dinamarca e a Revolução da Economia Verde
Dinamarca (2000-presente): Liderança Global em Sustentabilidade
O Que Aconteceu: A Dinamarca iniciou sua transição para uma economia verde no início dos anos 2000, com foco em energia renovável; Investiu maciçamente na energia eólica, tornando-se líder mundial no setor; Implementou políticas públicas que incentivaram empresas e cidadãos a adotarem práticas sustentáveis.
Impacto Real: Atualmente, cerca de 50% da eletricidade consumida no país vem da energia eólica; O país conseguiu reduzir significativamente suas emissões de carbono enquanto seu PIB continuava crescendo; Criou milhares de empregos em setores ligados à economia verde, como energia renovável, tecnologia e infraestrutura sustentável.
Lição: A Dinamarca provou que é possível alinhar crescimento econômico e sustentabilidade. Adotar uma economia verde não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas também uma estratégia econômica inteligente e lucrativa.
Conclusão Filosófica
Em tempos em que o futuro da economia se constrói sobre os pilares da sustentabilidade, inovação, colaboração e cibersegurança, uma coisa é certa: a estagnação é o arqui-inimigo mais temido do progresso. Vivemos em uma era de transformação acelerada onde as oportunidades favorecem quem se adapta, reinventa e avança. Mas, com grandes avanços vêm grandes responsabilidades – e proteger sistemas digitais e dados pessoais é tão importante quanto inovar. Como gostamos de dizer, com aquele toque de humor sincero: “Ou inova e se protege, ou fica para trás – e ninguém quer ser lembrado como o ‘tiozão’ do mercado.”
*Júlio Signorini é CISO na Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) do Governo do Estado de São Paulo, com mais de 17 anos de experiência como executivo de TI, liderando projetos de inovação, transformação digital, gestão estratégica, cibersegurança e ESG.