Novo cavalo de Tróia é descoberto com o objetivo de invadir bancos

O malware consegue invadir diversos dispositivos e controlar remotamente a máquina do usuário, fazendo o que quiserem no local infectado. Especialista alerta em como se prevenir de possíveis ataques

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A ESET localizou um novo tipo de cavalo de Troia que está alvejando bancos latino-americanos – especialmente em países como Brasil, México e Espanha – por meio de campanhas massivas de phishing. De acordo com Luli Rosenberg, hacker ético e professor da CySource, os criminosos por trás desse malware conseguem invadir diversos dispositivos e controlar remotamente a máquina do usuário, fazendo o que quiserem no local infectado.

 

“Eles podem roubar credenciais para invadir contas de banco, acessar dados sigilosos de grandes empresas, capturar arquivos pessoais para extorsão e fazer chantagens. São muitas as possibilidades, é como se um ladrão invadisse uma casa e instalasse câmeras ocultas, grampeasse os telefones e ainda fizesse uma passagem oculta”, explica Rosenberg.

 

O especialista da CySource alerta que a mensagem de phishing recebida normalmente contém um arquivo zipado que carrega o programa  Microsoft Installer, que desencadeia o processo de infecção do computador feita por um trojan conhecido como Numando.

 

“É o único cavalo de Tróia focado em bancos da América Latina escrito na linguagem Delphi, mas com um injetor que não foi desenvolvido nessa mesma linguagem de programação. O malware ainda se aproveita de sites conhecidos como o Youtube e Pastebin (voltado para programadores) para armazenar suas configurações”, revela.

 

Prevenção

 

No caso de recebimento de anexos por e-mail, principalmente em formato ZIP, é fundamental analisar com atenção se a mensagem era esperada pelo remetente e se estava no prazo previsto. No caso de dúvidas, deve-se entrar em contato diretamente com o remetente por meio de um outro canal de comunicação, preferencialmente por telefone, para confirmar a legitimidade do envio.

 

“Também é importante conscientizar o máximo de pessoas possível para frear esse tipo de ataque a partir do conhecimento de como ocorrem as invasões. Outro ponto fundamental é a plataformas utilizada por esses hackers para implementar mecanismos de varredura ativa e proteção contra esse tipo de exploração”, lembra o professor da CySource.

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