A rede de computadores usada pela candidata democrata a presidente dos Estados Unidos, Hillary Clinton, foi invadida por hackers num amplo ciberataque contra organizações políticas democratas, disseram à Reuters pessoas que acompanham o assunto.
Esse último ataque foi revelado à Reuters nesta sexta-feira, após relatos de duas outras ações do tipo contra o Comitê Nacional Democrata e o comitê do partido para angariar fundos para candidatos a deputado.
A divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça dos EUA está investigando se os ciberataques às organizações políticas democratas ameaçam a segurança do país, afirmaram nesta sexta fontes familiares com o caso.
O envolvimento da divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça é um sinal de que o governo Obama concluiu que as ações são patrocinados por um Estado, declararam pessoas que conhecem a investigação.
A campanha de Hillary, com base no Brooklyn, disse nesta sexta que um programa de dados de análise mantido pelo Comitê Nacional Democrata e usado pela campanha foi acessado por hackers, mas especialistas externos não encontraram nenhuma evidência de que seus sistemas internos foram comprometidos.
A campanha ainda citou para a Reuters um comentário do início desta semana do assessor da campanha Jake Sullivan, criticando o candidato republicano, Donald Trump, e chamando o ciberataque de “um tema de segurança nacional”.
O Departamento de Justiça não comentou.
Não ficou imediatamente claro que informações os hackers foram capazes de acessar na rede de computadores da campanha de Hillary.
Hackers, que, segundo autoridades da inteligência norte-americana, eram russos, tiveram acesso a toda rede para angariar fundos do comitê da campanha democrata para o Congresso, afirmaram pessoas que acompanham o caso, detalhando à Reuters pela primeira vez a extensão da violação.
* Com informações da Agência Reuters