O Open Banking segue uma trajetória de conhecimento da população sobre regras e benefícios, implementação e consolidação. A sociedade brasileira ainda está se entendendo no mundo digital e como o compartilhamento dos dados pode trazer vantagens.
Para sentir como os brasileiros enxergam essa novidade, o levantamento RADAR FEBRABAN ouviu 3 mil entrevistados em todas as regiões do País no período de 10 a 25 de junho de 2021 e avaliou a expectativa sobre temas como segurança e compartilhamento de dados, Open Banking e situação econômica.
De acordo com o estudo, o Open Banking é desconhecido para 57% dos entrevistados, enquanto 41% dos entrevistados já ouviram falar. O potencial de adesão ao Open Banking é de 16% (pessoas que “com certeza” irão aderir) e mais 46% que “podem ou não” aderir; ao passo que 30% disseram “com certeza” não irão aderir.
Depois de serem informados de que se trata de “um sistema em que a pessoa autoriza o compartilhamento dos seus dados e seu histórico financeiro entre bancos que desejar, de forma que o setor bancário possa conhecer o perfil do cliente e oferecer-lhes novos produtos e serviços mais personalizados” – 45% expressam opinião positiva sobre o produto, 20% consideram negativo e 28% disseram que não é nem positivo nem negativo.
No recorte regional, não há diferenças significativas no nível de conhecimento a respeito do Open Banking identificado na amostra nacional (41% conhecem ou ouviram falar e 57% que desconhecem). No Nordeste e Centro Oeste o conhecimento cai pra 38% e no Sudeste e Sul cresce um pouco para 43%.
Após tomarem conhecimento sobre o Open Banking, 51% dos entrevistados do Norte e 49% do Centro-Oeste consideram a iniciativa positiva, um pouco acima do percentual do total da amostra (45%).
Quanto ao potencial de adesão, as maiores variações regionais em comparação ao conjunto do país – 16% afirmam seguramente aderir ao Open Banking, 30% com certeza não irão fazê-lo e 46% podem ou não aderir. O Norte é o menor o contingente dos que não pretendem aderir (24%) e no Centro Oeste o menor percentual dos que podem ou não aderir (42%).
Visão econômica
A recente aceleração do processo de vacinação contra o Covid-19 ainda não foi suficiente para reverter as expectativas dos brasileiros sobre o desempenho da economia brasileira e de sua própria condição financeira. Os brasileiros permanecem apreensivos e temem o aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros.
Levantamento da segunda edição do RADAR FEBRABAN mostra que metade dos entrevistados (52%) não acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano e cerca de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia brasileira se recupere ainda esse ano.
“A pesquisa revela que os números do levantamento atual estão, na sua maioria, melhores se comparados aos de março de 2021, mas o brasileiro ainda mostra apreensão quanto à economia”, diz Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “Esse cenário mostra que ainda precisamos perseverar nas reformas estruturais e na melhoria do ambiente econômico no país”, conclui.
