Black Friday: Mais de 100 páginas falsas são criadas por dia para aplicar golpes

Especialistas indicam que a taxa de geração de sites maliciosos pode triplicar até a chegada do dia de promoções, marcado para 29 de novembro

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O número de golpes cibernéticos vem crescendo de forma ainda mais acelerada no Brasil e no mundo. Diversos fatores, entre eles o uso da Inteligência Artificial (IA), a falta de proteção e conscientização dos usuários finais têm contribuído para o aumento desses crimes, que se tornam mais sofisticados a cada dia.

 

Uma recente pesquisa do Instituto DataSenado, mostra que os golpes digitais vitimaram 24% dos brasileiros com mais de 16 anos nos últimos 12 meses. São mais de 40,85 milhões de pessoas que perderam dinheiro em função de algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias.

 

Com a aproximação da Black Friday, esses números tendem a disparar. Um estudo da Redbelt Security sobre o volume de páginas falsas em atividade hoje no país com foco em Black Friday, mostrou que mais de 100 páginas falsas são criadas diariamente por cibercriminosos para enganar consumidores durante o período de compras. “Essas páginas simulam o layout de portais de grandes redes varejistas, plataformas de viagens, entre outras, atraindo usuários despreparados”, alerta Eduardo Lopes, CEO da companhia.

 

Segundo ele, entre os dias 17 de outubro e 4 de novembro, foram detectadas 1.296 novas páginas fraudulentas. Somente entre 31 de outubro e 4 de novembro, foram identificadas 533 páginas falsas adicionais, representando uma média de 106 a 107 páginas criadas por dia. “Até a data da Black Friday, em 29 de novembro, o número de páginas falsas criadas diariamente pode até triplicar, considerando o aumento significativo observado nos últimos dias”.

 

Para se proteger, Lopes dá algumas dicas de segurança:

 

Verifique a URL do site: se há um cadeado ao lado, que mostra se ele possui certificado. O próprio browser informa se o site é ou não é seguro. Além disso, é importante verificar o próprio endereço na barra do navegador. Se não for o site oficial da loja, é sinal de phishing.

 

Cheque a qualidade das imagens: em sites fraudulentos, as imagens costumam ser inferiores. Repare se elas estão pixelizadas. Sites oficiais não apresentam esse tipo de problema.

 

Cuidado com o apelo: evite promoções que passam urgência para o usuário. “Clique agora, senão você vai perder!”, “Só hoje!”. Mensagens assim costumam ser uma tática de engenharia social para levar a pessoa a clicar sem pensar muito.

 

Desconfie de promoções milagrosas: se o preço de uma geladeira específica custa R$ 3 mil e o anúncio promete um preço muito abaixo, desconfie, mesmo sendo Black Friday. O ideal é pesquisar no Google a média de preço do produto que você está querendo adquirir e comparar se o anúncio que você está vendo não é um golpe.

 

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