De acordo com a Adobe Analytics, espera-se que as compras online cresçam em 33% nesta temporada de final de ano por conta do confinamento. A Black Friday é uma caça às pechinchas que, para alguns comerciantes, é responsável por metade de suas vendas anuais. Os fraudadores também tiram proveito da ocasião, limpando a carteira das pessoas.
De acordo com o Índice de Risco Cibernético (CRI) calculado pela NordVPN, os residentes de países desenvolvidos são mais propensos a se tornarem vítimas de crimes cibernéticos, apesar de se considerarem conhecedores de tecnologia e bem protegidos. Por exemplo, o Brasil está na 22ª posição no ranking global com um CRI de 0,519, o que é considerado como um risco moderado. Os países desenvolvidos oferecem um melhor acesso à internet e salários maiores, o que se traduz em mais smartphones e um uso pesado de serviços online.
Como os fraudadores encontram suas vítimas?
E-mails e banners online são frequentemente os meios de divulgação dos cibercriminosos. Muitas vezes, os fraudadores usam os mesmos métodos que os anunciantes legítimos. Eles contam com mecanismos de publicidade, como o Facebook e o Google, para divulgar seus banners aos usuários. Embora essas empresas tenham fortes sistemas de segurança em vigor, alguns banners ainda conseguem entrar.
Como via alternativa, alguns golpistas estudam suas futuras vítimas em potencial e analisam seu comportamento online, o que pode ser facilmente feito se a vítima estiver navegando em páginas desprotegidas. É por isso que é importante lembrar que sites seguros têm HTTPS em seus endereços.
Além disso, os usuários devem se proteger com uma conexão VPN. Ela previne a bisbilhotagem e torna mais difícil para os golpistas interceptarem seu pagamento.
No entanto, sempre que forem desfrutar de uma maratona de compras, os compradores da Black Friday devem estar atentos a certos sinais de alerta, como ofertas que parecem boas demais para ser verdade ou links recebidos de instituições financeiras, pois esses podem ser falsos.
Daniel Markuson, especialista em privacidade digital na NordVPN, listou os 5 maiores cenários que os golpistas vão explorar em 2020:
1) Faturas falsas. Pagar uma fatura que se parece exatamente com uma proveniente de serviços legítimos pode acontecer facilmente quando as pessoas fazem mais transações que o normal. Esse tipo de golpe é chamado fraude do Pagamento Autorizado por Push (APP). As vítimas não podem reverter o pagamento após perceberem que foram enganadas.
2) Notificações de banco. Os fraudadores imitam os e-mails enviados por bancos, alegando que as compras feitas pela vítima não puderam ser processadas. Desejando restabelecer o pagamento, as vítimas então clicam no link e digitam suas credenciais bancárias num site falso de banco que se parece exatamente com a página real. Deste modo, elas entregam todas suas credenciais bancárias aos fraudadores.
3) “Seu pedido foi cancelado”. Esses golpes podem chegar a dizer “Desculpe, estamos sem estoque e seu pedido foi cancelado. Para solicitar o seu reembolso, clique aqui”. Assim que a vítima clica no link, ela é solicitada a inserir os dados do cartão de crédito no qual deseja receber o reembolso e acaba com suas contas bancárias esvaziadas.
4) Páginas semelhantes. Amazoŋ.com, eday.com, googIe.comv — a maioria dos usuários não percebe as discrepâncias no endereço na barra do navegador se o design do site parecer legítimo. As vítimas então processam o pagamento dos itens em seu carrinho de compras e acabam sendo roubadas.
5) Renove sua assinatura para as compras que você fez. Assim que você termina suas compras, os golpistas enviam um e-mail para você alegando que sua assinatura do Amazon Prime está vencida, e o desconto usado nas compras não pode ser aplicado. Então, se você quiser que seus itens sejam entregues, você deve renovar sua assinatura. Ao final, a vítima é levada a divulgar seus dados bancários.