Em uma vitória para a regulamentação da Inteligência Artificial nos Estados Unidos, a Casa Branca informou que as big techs Alphabet, Meta Platforms, Microsoft, Amazon e OpenAI se comprometeram voluntariamente a apoiar medidas de controle no desenvolvimento da tecnologia em seus parques tecnológicos.
Entre as propostas oferecidas pelas companhias em relação à decisão estão a testagem ostensiva das IAs por especialistas independentes e o compartilhamento de informações entre elas visando reduzir os riscos. Maiores aportes em Cibersegurança e proteção de dados também são esperados pelas corporações.
O anúncio foi feito durante a reunião do Presidente Joe Biden com executivos das organizações participantes. Segundo a Agência Reuters, o chefe do executivo norte-americano informou que estava também trabalhando em uma ordem executiva sobre o tema, além de uma legislação suprapartidária para regulamentar as tecnologias de IA.
“Veremos mais mudanças tecnológicas nos próximos 10 anos do que vimos nos últimos 50 anos. Essa foi uma revelação surpreendente para mim, francamente”, disse Biden.
O objetivo das organizações é padronizar algum formato de marca d’água para indicar todos os conteúdos de texto, imagens, áudios e vídeos não criados exclusivamente por seres humanos. “Esses compromissos são um passo promissor, mas temos muito mais trabalho a fazer juntos”, continuou o Presidente.
Esse é um dos grandes passos dados pela administração Biden para iniciar os processos de regulamentação do recurso. Desde o lançamento das mais novas gerações do ChatGPT, na virada do ano de 2023, poderes públicos de todo o mundo iniciaram movimentações para colocar limites no uso das IAs Generativas.
A primeira a confirmar uma legislação foi a União Europeia, que iniciou discussões em maio por novas regras de tratamento da Inteligência Artificial. A partir desses marcos, sistemas como o do ChatGPT teriam que evidenciar seus conteúdos gerados pela tecnologia, além de ajudar na identificação de deep fakes e garantir salvaguardas contra conteúdos ilegais.
*Com informações da Agência Reuters