84% das empresas veem pessoas como elo fraco, mas treinamento amplo ainda desafia

Segundo estudo do Grupo Daryus, 15% dessas organizações negligencia treinamentos amplos de Cyber. A consultoria destaca desafios e tendências em segurança cibernética no Brasil, comparando dados com cenário global

Compartilhar:

Uma pesquisa abrangente realizada pelo Grupo Daryus revela um cenário preocupante nas empresas brasileiras. O estudo, que entrevistou 500 profissionais de TI e segurança em empresas de diversos setores e portes, mostra que 15% das organizações não investem em treinamento regular de cibersegurança para seus colaboradores.

 

A pesquisa destaca que 84% das empresas consideram os colaboradores como a principal porta de entrada para ameaças cibernéticas, seguidos por terceiros contratados (56%) e fornecedores (43%). Este dado está alinhado com tendências globais, onde, segundo relatórios recentes, 82% das violações de dados envolvem o fator humano.

 

“Nossos resultados mostram uma disparidade alarmante entre a percepção do risco e as ações tomadas pelas empresas”, afirma Jeferson D’Addario, CEO do Grupo Daryus. “Enquanto a maioria reconhece os colaboradores como ponto vulnerável, uma parcela significativa ainda não investe adequadamente em treinamento e conscientização”, complementa.

 

Entre os principais erros humanos identificados, destacam-se: Cair em ataques de phishing (58%); Uso de senhas fracas (50%); e Descuido geral com informações sensíveis (46%).

 

Comparativamente, estes números são similares aos encontrados em mercados mais maduros em cibersegurança, como os Estados Unidos, onde os estudos mais atuais apontam o phishing como responsável por 36% das violações de dados.

 

A pesquisa também revela que 13% das empresas não possuem um plano de gestão de riscos cibernéticos. No entanto, as organizações ainda enfrentam desafios significativos na implementação desses planos: 48% citam a falta de profissionais qualificados, 38% mencionam recursos financeiros insuficientes e 28% apontam a falta de apoio da alta administração

 

“É encorajador empresas tratando cibersegurança de forma mais madura, mas ainda há um longo caminho a percorrer”, comenta D’Addario. “A escassez de profissionais qualificados é um desafio global, com estimativas apontando para mais de 3,5 milhões de vagas não preenchidas em cibersegurança até 2025”, finaliza.

 

O levantamento foi realizado pelo Grupo Daryus entre maio e agosto de 2024.

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Qual o impacto transformador da IA Agêntica nos SOCs?

A IA é cada vez mais usada por adversários em campanhas de engenharia social. Ao mesmo tempo, ataques a ambientes...
Security Report | Overview

Serpro entrega Segurança de dados e infraestrutura digital para a Cúpula do BRICS

Estatal de inteligência em governo digital garante credenciamento, proteção de dados e suporte tecnológico no encontro que reúne autoridades de...
Security Report | Overview

Maiores desafios das PMEs em Cibersegurança são ransomware, IA e conectividade, alerta análise

Os especialistas destacam como a combinação de conectividade avançada e cibersegurança pode proteger e impulsionar pequenos negócios na era da...
Security Report | Overview

Estudo detecta grupo de espionagem focado em governo, tecnologia e manufatura no Brasil

A ISH Tecnologia publica análise sobre arsenal cibernético usado por grupo ligado ao Estado chinês